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VÍDEO: PM à paisana agride segurança de distribuidora de bebidas

Foto: YouTube (Reprodução)

Um segurança privado registrou, na terça-feira, uma denúncia de agressão por um policial militar na Seção de Correição do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) da Brigada Militar, departamento que apura condutas irregulares de servidores da instituição. O homem contou que foi agredido enquanto trabalhava em uma distribuidora de bebidas na Avenida Borges de Medeiros, esquina com a Rua Olavo Bilac, no Bairro Bonfim, no dia 17 de maio.

As imagens das câmeras do estabelecimento mostram o momento em que o segurança é agredido com dois golpes no rosto. De acordo com o relato do segurança à Brigada, o PM usou uma pistola para bater nele. Segundo consta no termo registrado na Correição, a Brigada Militar teria identificado o policial pela placa do veículo.  


O fato aconteceu quando o segurança e outro colega faziam a guarda do ponto de venda. Três homens e uma mulher chegaram em um Focus branco. Um deles urinou no veículo da distribuidora, que estava estacionado em frente à empresa. O segurança pediu que ele não urinasse no local. O homem se recusou a parar e entrou na distribuidora. Em seguida, outro homem que estava com ele saiu do estabelecimento e ofendeu o segurança dizendo que era policial e que poderia urinar onde quisesse. Ainda de acordo com a versão do agredido, o mesmo homem foi em direção ao veículo, voltou com uma pistola e desferiu duas coronhadas no rosto dele. Os dois seguranças contaram que foram ameaçados e que, ao sair, o PM ainda apontou a arma para o segurança que não havia sido agredido.

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O advogado da empresa de segurança, Itaúba Júnior, disse que irá ajuizar ação de indenização por danos morais contra o Estado e contra a pessoa física do policial militar.

- Pelas imagens verifica-se o total despreparo do PM que agrediu o segurança com a pistola no rosto de forma covarde. Por essa atitude que acaba maculando a classe ilibada e respeitosa da Brigada Militar, esse cidadão deve responder pelo ato ilícito que cometeu - defendeu Júnior.

O comandante do CRPO central, coronel Marcus Vinicius Sousa Dutra, disse que a instituição vai instaurar uma sindicância para apurar a responsabilidade administrativa do policial e se houve crime de lesão corporal e ameaça. Conforme o coronel, a denúncia será remetida à Correição de Caxias do Sul, onde o PM está lotado. O comandante não informou o nome do policial.

Além de responder criminalmente, a Brigada deve instaurar um Processo Administrativo Disciplinar (Pad) para averiguar se houve transgressão de disciplina. Entre as sanções que o PM pode sofrer estão, até mesmo, o desligamento da corporação.

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